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Pensamento do mês de setembro:

"Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro." (Carl Gustav Jung)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Interlúdio poético...rs*

Como diz o ditado...
Se "os brutus também amam",
euzinha também estou cá com meus botões (ou seria teclado?!?), dando minha contribuição, através de minha parca inspiração.

Blog deve servir a isso também, não é?!?
Talvez seja um diário de bordo que compila alguns fatos corriqueiros, registrando algumas impressões mesquinhas de nossa lente pessoal, instintiva e efêmera...
E por que não poética também?

Pensando assim, resolvi compartilhar aqui alguns poemas que escrevo.
Este foi rascunhado no último verão, em pleno carnaval, na praia do Forte de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Bem antes de todas as modificações que a ressaca fez na paisagem daquelas bandas...rs*



O Avesso do Destino


De soslaio, confundem-se escolhas,
à sombra de alguns medos que se foram.
Restaram apenas vestígios,
do que, lá, foi considerado melhor.

(E que hoje tem corpo, voz...)

Em intermitentes ecos do esboço de outrora.

O hoje, às vezes (con)sente,
e dá forma a equívocos sem hesitação.
A hipocrisia, por força, se impõe
cerceada
pelos caprichos do agora.

Quando sonhava
o medo do impossível tornava tudo
grandioso (demais).
Era o presente aprisionado a algumas amarras
...

Seria a herança de uma profecia ancestral,
a grande responsável por apequenar nossos atos?


Se a rotina obedece a covardia coletiva,

como traz à luz alguns bravos, com ousadia?

Partiram do destino,
os últimos convites ao medo e a autoflagelação,

quando a rotina apequena as conquistas do ontem?
Ou seria dele somente a tempestade
da inconformidade intermitente?


Mesmo quando a rotina é conivente,
eis que de assalto, também através dela
irrompem-se sábios...
apesar da histeria dos medíocres.


Ou foi o destino que...
Fez de cada estrela, promessa de luas,

na noite de sonhadores e seresteiros inveterados?

Eu também já subverti algumas normas,
Quando indignada, argumentei com o injustificável...
Afinal, como explicar a contradição e a inconstância,
na desventura de apenas (sobre)viver?
Se o que ontem era imprescindível,
ás vezes envergonhado,
clama que eu não o reconheça.


Se as escolhas realmente fazem o destino,

Seu revés é inscrito e marcado
muito mais por negativas.


Talvez a rotina se cale,
em sua condição de ré do livre arbítrio.


Desconcertada (?)
como expectadora dissimulada
,
no cárcere de todo e qualquer presente
a hipocrisia faz palestra do passado.

Astuta, vai descortinando o destino
enquanto seu verdadeiro e único refém.



E pra você, estamos aprisionados pelo destino?

Inté o próximo post!

Um comentário:

  1. Uau! Vc é uma excelente escritora e poetisa. muito intensa, sofisticada e autoconfiante sobre a mensagem que quer passar. Só podia mesmo ser amiga da Thaty. Parabéns.

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